São os símbolos sagrados da umbanda dos quais as entidades usam para determinar sua identificação.
A escrita simbólica sempre existiu, desde o início da fundação da Umbanda com Zélio Fernandino de Moraes. Funcionando como verdadeira identidade da entidade que se manifesta, impedindo assim que algum espírito mal intencionado engane os demais componentes do terreiro onde ocorre a manifestação da entidade.
Ninguém nunca poderá se dizer o seu dono, é um bem universal, possível de ser usado por todos que tiverem conhecimento e responsabilidade para usá-lo.
São riscados, geralmente, no chão ou em tábua de madeira, com uma pemba todas as cores, utilizando-se de símbolos como sóis, estrelas, triângulos, lanças, flechas, folhas, raios, ondas, cruzes…etc.
Não pode existir um terreiro ou mesmo um trabalho de magia sem o ponto riscado.
É o instrumento mais poderoso da Umbanda, uma vez que com ele nada se poderia fazer com segurança, já que é a pemba que tem o poder de fechar, trancar ou abrir os terreiros conforme exigir o trabalho a ser praticado.
Através do ponto riscado a entidade mostra seu grau hierárquico, e movimentando toda uma falange de entidades que trabalham sob suas ordens para um determinado trabalho de auxílio a alguém. É pela grafia, pelos símbolos utilizados, que podemos identificar a entidade como um caboclo, ou preto-velho.
Cada ponto riscado tem sua função específica. Os pontos riscados são verdadeiros códigos registrados e sediados no plano espiritual. Geralmente, só o pai de Santo ou uma entidade firmada sabe e pode identificar, com segurança, qual entidade riscou o ponto, ou qual Falangeiro de Orixá está ali incorporado trabalhando.
Através dele, identifica-se a falange da entidade, sua atividade e poderes. Cada traço tem seu significado e sua importância no ponto riscado pela entidade. Por isso mesmo, não podem ser riscados sem o devido conhecimento ou por alguém que não seja a entidade atuante, já que em se tratando da magia poderosa das entidades de Umbanda, se não forem traçados por elas, não passam de simples rabiscos inócuos.
Os pontos riscados nos templos de Umbanda são feitos com a Pemba, que consiste numa espécie de giz, confeccionado com calcário, de formato cônico-arredondado em diversas cores, sendo que conforme a cor utilizada nos pontos riscados pela entidade identifica-se a Linha a que pertence a entidade, ou a Linha com a qual a entidade trabalhará naquele momento. Pela pureza, a Pemba é um dos poucos elementos que pode tocar a cabeça do médium, sendo utilizada para lavagens de cabeça, banhos de descarrego, etc.