Oxalá é o Orixá do equilíbrio, da paz, união e fraternidade. Oxalá é a divindade do fim pacifíco de todos os seres. Pai dos Orixás, senhor do branco, da pureza e da harmonia. Ele abomina todo o tipo de violência, disputas e brigas.
É o orixá maior da Umbanda. Oxalá é o governante da vida. Criador do mundo inorgânico, cuida da passagem do espírito para a matéria do nascimento e também da transição do desencarne, retornando à essência espiritual. É o pai de todos os orixás, nas lendas é considerado a metade superior da cabaça-mundo. Rege a sabedoria, assim como Olodumarê é o senhor absoluto do poder da fala, do Orun.
Oxalá é o detentor do poder procriador masculino. Todas as suas representações incluem o branco, por ser esta cor a união de todas as outras. Na África, todos os Orixás relacionados com a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun.
Entre as qualidades (criações), o mais importante entre todos eles chama-se Orixalá, ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado como Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 os Orixás Fun Fun, mas no Brasil e em Portugal a quantidade reduz-se significativamente, sendo que dois, Oxalufã e Oxaguiã, se tornaram as suas expressões mais conhecidas. A designação de Orixá Fun Fun deve-se ao fato de a cor branca se configurar como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais.
Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumarê e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres e todas as coisas que existiriam no mundo. No Xirê, Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as origens. Ele representa a totalidade. Como Bará, reside em todos os seres humanos. Representa o céu, o princípio de tudo, e foi encarregado de criar o mundo.
Como já citado é o equilíbrio positivo do universo, da fraternidade entre os povos da Terra e do cosmo, é considerado o fim pacífico de todos os seres.Em nossa concepção, a morte deve ser encarada com naturalidade como encaramos os demais assuntos da nossa vida, pois ela faz parte da natureza e sabemos que tudo tem um início, um meio e um fim. Bará inicia, Oxalá termina. É ele que sempre atuará como mediador para acalmar discórdias em qualquer plano e produzindo uma solução, uma definição. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais.
Na Umbanda é cultuado somente Oxalá universal, que no sincretismo é Jesus Cristo. Por esse motivo, na Umbanda não são feitos filhos de Oxalá, pois não existe a possibilidade de alguém trabalhar com Jesus Cristo. Já nos cultos afro-brasileiros são cultuadas as qualidades de Oxalá. Na Almas e Angola são cultuados somente Oxalufã e Oxaguiã.
Oxalufã:
Características: Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô. Orixá muito velho, de idade avançada, lento, movendo-se com muita dificuldade. Amorosos e sábios, é um orixá muito querido e respeitado pela sua bondade, sabedoria, retidão e humildade. Treme de frio e velhice. Não gosta de violência, disputas e brigas. Não aceita cores fortes, principalmente o vermelho. A ele pertencem os metais e substâncias brancas; não suporta cavalos. Ao chegar à Terra, Oxalufã assume o lado paternal que Nanã tinha em seu domínio e ela rendeu-se ao “Rei no Pano Branco” , dividindo assim as suas responsabilidades com ele. No Brasil, Oxalufã é Oxalá e o maior orixá, é ele que encerra as festividades , as pessoas usam branco nas sextas-feiras em seu louvor. Seu dever e restaurar o equilíbrio, amor e a paz no universo cósmico. Fazer os homens compreenderem sua missão com o planeta Terra, através das leis da natureza. Sua missão mais difícil é encaminhar a humanidade ao encontro do criador.
Oxalá Oxaguiã: Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô. Tomou o título de Rei de Ejigbô; uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Orisájiyan. É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com pedras azuis, chamadas Seguy. Está ligado ao culto de Iroko e dos espíritos, assim como a fertilidade e o culto ao inhame. É o pai de Oxossi Inlé, come com Ogunjá, Oxossi Inlé, Airá, Exu, Oyá e Onira. Tem muito fundamento com Oyá, pois é o dono do Atori, fundamento que lhe foi dado por ela, motivo pelo qual as pessoas de Guian devem agradar muito a Oyá. Vem pelos caminhos de Onira; tem ligação forte com Exu. Seus filhos devem evitar brigas e mentiras e principalmente não devem enganar a Ogum.
Dia da semana: Sexta-Feira / Domingo
Data Festiva: 25 de dezembro
Cor: Oxalufã: Branco e Dourado - Oxaguiã: Branco, azul e prata.
Reino: Céu - Por entre as nuvens.
Sincretismo: Jesus Cristo ( Senhor do Bonfim)
Ervas: Hortelã, manjericão branco, boldo, alecrim, folhas de café, colônia, folha da costa branca e mamona branca.
Essência: Hortelã, manjericão, alecrim e lotus.
Flores: Copo de leite, rosa branca, palma branca e macarrão branco.
Pedras: Quartzo branco, calcita branca, druza de cristal.
Chackra: Coronário
Saudação: “Epa Babá” "sheuepa Babá"
Elemento: Éter
Comida: Oxalufã - Canjica branca cozida, clara em neve e uva itália. Oxaguiã também aceita cangica, mas prefere inhame pilado.
Fruta: Uva Itália.
Bebida: Espumante brut branca.