filho primogênito de Iemanjá e Odùduà, irmão mais velho de Exu e Oxossi. Por este último nutre um enorme sentimento, na verdade foi Ogum quem deu as armas de caça à Oxossi. O sangue que corre no nosso corpo é regido por Ogum. Considerado como um Orixá impiedoso, Guerreiro obstinado, não gosta de ser governado, não se prende a nada nem a ninguém, rude de gênio forte. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Muito cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista. É sincretizado com São Jorge ou com Santo Antônio, santos católicos guerreiros e também lutadores, destemido É Orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, batalha. É o Deus da forja, do ferro fundido. É, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. É o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, militares, soldados, agricultores, mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Está sempre proto para lutar por aquilo que acha justo. Elegante, sensual, teve muitas mulheres, mas amou somente aquela que mais tarde seria sua inimiga “Iansã”. Ogum rompe barreiras, é o dono dos caminhos, destruidor das forças negativas que insistem em destruir a paz e a harmonia de seus protegidos. Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.
Oferendas – Em almas e Angola, é ofertado a Ogum Costela (com 7 ossos) e ou bagre assados, farofa de dendê, rodelas de batatas enfeitado com cebolas e cheiro verde.
Fruta– Abacate
Dia da semana – Terça-Feira
Cor – Vermelho, branco, azul, verde
Reino – Caminhos de terra, estradas, portas dos templos e estradas de ferro. O Meio da encruzilhada pertence a Ogum.
Ervas - Espada de São Jorge · Espinheira Santa · Eucalipto · arnica ·.
Ferramentas – Espada, escudo (Também, em algumas casas: ferramentas, ferradura, lança)
Bebida – Cerveja
Dia comemorativo – 23 de Abril.
Elemento – Fogo
Saudação – Ogunhê, Patacorí.
Flores - Crista de Galo, cravos e palmas vermelhas.
Essências - Violeta
Pedras - Granada, Rubi, Sardio. (Em algumas casas: Lápis-Lazúli, Topázio Azul)
Metal - Ferro (Aço e Manganês).
Saúde - Glândulas Endócrinas
Planeta Marte
Dia da Semana Terça-Feira
Chakra Umbilical
Animais Cachorro, galo vermelho
Sincretismo São Jorge. (Santo Antônio na Bahia)
Incompatibilidades: Quiabo
Arquétipo.
Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Extremamente coerente, arrebatado, passional e teimoso. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de assuntos novos, amam viajar, gostam de mudanças. Não são amigos da rotina, são pessoas curiosas e resistentes, gostam de tecnologia. Corajosos, custam a perdoar as ofensas, a vaidade não lhes chama muito a atenção. Tendo o que comer, o que vestir e onde morar está bom, são raras exceções que se importarão. São amigos leais, porém estão sempre ocupados com demandas alheias. Divertidos, não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor. São determinados, mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas às vezes, são rudes ao impor sua vontade. Nunca admitem estar errados. As pessoas de Ogum são práticas, não gostam de injustiça com os mais fracos. A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar em terminar. Ama o desafio. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. É do tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora todo tipo de esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e atléticos, principalmente na juventude.
Lenda.
Ogum decidiu, depois de numerosos anos ausente de Irê, voltar para visitar seu filho. Neste dia os moradores cidade celebravam, uma cerimônia em que os participantes não podiam falar sob nenhum pretexto. Ogum chegando, disse que tinha sede e fome tinha fome; Ninguém lhe deu atenção. Ninguém o havia saudado ou respondido às suas perguntas. Ele não foi reconhecido na cidade por ter ficado ausente durante muito tempo.
Ogum, cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, por ele considerado ofensivo. Começou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas, e potes de vinho de palma. Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Irê cantavam louvores
Satisfeito e calmo, Ogum lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A essas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.